Por volta dos 50 anos de idade, as mulheres passam pela fase de climatério, popularmente conhecida como menopausa. Além dos sintomas mais conhecidos, como redução da libido, secura vaginal, ondas de calor e mudanças de humor, as alterações hormonais que ocorrem nessa fase também podem provocar declínio cognitivo. A boa notícia é que as mulheres podem recuperar a qualidade de vida com a terapia de reposição hormonal!
Ainda muito debatida e estudada no meio médico e científico, a terapia de reposição hormonal apresenta efeitos positivos para reverter a queda na produção de hormônios característica da menopausa e permitir que a paciente possa ter maior qualidade de vida em todos os sentidos.
Neste artigo, vou te ajudar a entender melhor o que é terapia de reposição hormonal, como é feita e para quem é indicada. Acompanhe!
Alterações endócrinas do envelhecimento
Antes de entender o que é terapia de reposição hormonal e como ela pode te ajudar, é importante compreender o que acontece com o corpo da mulher quando ela chega à fase da menopausa.
O sistema endócrino é responsável pela produção dos hormônios que ajudam a estabelecer o equilíbrio e o correto funcionamento de todo o nosso organismo. O estrogênio, principal hormônio feminino, atua na formação e modulação óssea, fornece proteção cardiovascular para a mulher e aumento o índice do bom colesterol, além de possuir papel no desempenho de funções cognitivas.
Com a chegada da menopausa e do processo de envelhecimento, o sistema endócrino passa a produzir menos hormônios sexuais e, consequentemente, altera diversas funções no corpo da mulher.
Com o declínio na produção do hormônio, a mulher pode apresentar queda no desempenho cognitivo, ficar mais suscetível ao risco de osteoporose e doenças cardiovasculares, além de poder apresentar insônia, depressão e outros sintomas típicos da menopausa.
Outro importante hormônio é a testosterona. Esse um hormônio sexual cuja principal função é o aumento do desejo sexual, favorecendo o período de reprodução. A testosterona feminina é importantíssima para o ciclo da reprodução.
Vale ressaltar que esse hormônio vai diminuindo com o passar dos anos, sendo produzido em maior quantidade no período reprodutivo e reduzindo muito na menopausa. A redução de testosterona feminina causa alguns sintomas, como:
Redução brusca da libido;
O desempenho sexual fica comprometido;
Depressão;
Redução significativa da massa muscular;
Grande aumento de gordura.
O que é terapia de reposição hormonal?
A terapia de reposição hormonal é um tratamento utilizado para ajudar a aliviar os sintomas da perimenopausa (o período de transição para a menopausa) e da menopausa. Consiste em realizar a reposição de hormônios que apresentam declínio nessa fase de vida da mulher para melhorar sua saúde como um todo. Como o tratamento é realizado?
Alguns métodos da terapia de reposição hormonal combinam os hormônios estrogênio e progesterona, enquanto outros usam somente estrogênio. Para pacientes que têm o útero preservado, normalmente, o tratamento é feito com a reposição dos dois hormônios. Já as mulheres que realizaram a histerectomia – cirurgia de retirada do útero – o tratamento é feito somente com o uso de estrogênio.
Existem diferentes formas de realizar a reposição hormonal, sendo que os formatos mais comuns incluem:
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pílulas
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gel e creme transdérmicos
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pellets – implantes
Os hormônios utilizados, a quantidade da dose, a forma de administração e o tempo de tratamento devem ser determinados pelo médico após avaliação criteriosa e considerando as necessidades individuais de cada paciente.
Quem pode fazer a terapia de reposição hormonal?
O ideal é que o início do tratamento seja realizado próximo aos 50 anos – idade em que a menopausa costuma aparecer – ou logo depois da retirada dos ovários. Quando realizado nesse período, a terapia ajuda a aliviar os sintomas da menopausa e protege contra o declínio cognitivo e o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Novas pesquisas sobre a terapia de reposição hormonal estão sendo constantemente realizadas para atestar a eficácia do tratamento e prever possíveis riscos. Portanto, sempre procure seu médico para saber mais sobre esse método e conhecer outras opções de tratamento que podem ser melhores para você. Só não deixe a sua saúde e qualidade de vida de lado!
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