Você já ouviu falar do paradoxo francês? É um fenômeno bem pesquisado que se refere a pessoas que vivem em certas partes da França, onde o vinho tinto é comumente consumido durante as refeições e com menos casos de morte por doença cardíaca coronária, mesmo que essas pessoas vivam um estilo de vida que é considerado como tendo riscos maiores do que aqueles vivendo nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos.
Estudos mostram que este fenômeno pode ser devido aos muitos benefícios cardioprotetores do vinho tinto.
Aproveitar os benefícios para a saúde do vinho tinto não é novidade. Pesquisas realizadas na Universidade de Harvard encontraram um pote no túmulo do rei Scorpion I, que remonta a 3150 aC, que contém vestígios de vinho e resíduos de plantas. Com base nas descobertas, os pesquisadores atestam a grande antiguidade dos vinhos de ervas egípcias como remédio e sua importância sob os faraós durante a unificação inicial do país.
Estes vinhos continham ervas dissolvidas, incluindo bálsamo, hortelã, sálvia, tomilho, ervilhas, mel e incenso, e eles foram consumidos para tratar uma série de doenças, desde problemas digestivos até herpes.
Além do conhecimento de nossos antepassados, que usaram o vinho para tratar doenças, milhares de estudos publicados ao longo de várias décadas provaram que o vinho tinto, quando consumado com moderação, pode ter um efeito positivo na saúde do seu coração, melhora a função cognitiva, reduz o estresse oxidativo e até mesmo normalizar os níveis de açúcar no sangue. Quando consumido em pequenas quantidades, o vinho tinto pode ser considerado um superfood que fornece poderosos antioxidantes que curam o corpo a um nível celular, como quercetina e resveratrol.
6 Benefícios do Vinho Tinto
1. Aumenta a saúde cardíaca
Os compostos ativos no vinho tinto, incluindo polifenóis, resveratrol e quercetina, provaram ter propriedades cardioprotetoras. Numerosos estudos transversais, observacionais e controlados mostram que beber quantidades moderadas de vinho tinto tem efeitos benéficos em muitos aspectos com as doenças cardiovasculares e doenças relacionadas.
A pesquisa mostra que os nutrientes antioxidantes do vinho tinto podem diminuir a progressão da aterosclerose, um tipo de arteriosclerose que ocorre quando há acumulação de gorduras, colesterol e placa nas paredes das artérias. Um estudo, publicado no International Journal of Molecule Medicine, descobriu que a ingestão moderada de álcool, especialmente o vinho tinto, diminuiu a mortalidade cardíaca devido à aterosclerose, mas as pessoas que não beberam vinho tinto e pessoas que beberam muito vinho tinto estavam em maior risco de mortalidade cardíaca.
Há também muitas evidências que apoiam o papel benéfico do resveratrol, que protege as células cardíacas do dano tecidual após um acidente vascular cerebral. Inibe o acúmulo de plaquetas e diminui a acumulação de triglicerídeos e colesterol. O resveratrol também demonstrou relaxar as artérias coronárias, tornando-se pelo menos parcialmente responsável pelos benefícios do vinho tinto associados à doença cardiovascular.
A quercetina, um dos mais importantes flavonóides presentes no vinho tinto, também provou promover a saúde do coração através da regulação dos níveis de pressão arterial, redução da inflamação e prevenção do estresse oxidativo.
2. Melhora o colesterol
De acordo com um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition, o consumo de vinho foi associado a um aumento significativo do colesterol HDL, os níveis dos pacientes aumentam de 11% para 16%. Outro estudo, realizado na Universidade de Curtin, na Austrália, descobriu que o consumo regular de vinho tinto reduziu o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, reduzindo os níveis de colesterol LDL em mulheres pós-menopausa em 8% e aumentando os níveis de colesterol HDL em 17%.
3. Combate os Radicais Livres
O acúmulo de radicais livres desempenha um papel importante no desenvolvimento de doenças crônicas e degenerativas, incluindo câncer, doenças autoimunes, artrite reumatoide, doenças cardiovasculares e doenças neurodegenerativas. Os antioxidantes no vinho tinto ajudam a neutralizar o estresse oxidativo, atuando como eliminadores de radicais livres que previnem e reparam os danos causados pela oxidação. Os antioxidantes aumentam as defesas imunitárias do corpo e reduzem o risco de desenvolver uma série de doenças graves.
Devido à sua capacidade de combater os radicais livres, o resveratrol encontrado no vinho tinto tem a capacidade de bloquear o processo de carcinogênese em vários passos, incluindo os vários estágios de iniciação e progressão do tumor.
4. Ajuda a administrar o diabetes
Pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amherst descobriram que o vinho tinto pode diminuir a passagem de glicose através do intestino delgado e eventualmente na corrente sanguínea, ajudando a prevenir o aumento nos níveis de açúcar no sangue, experimentados por pacientes com diabetes tipo 2. Esta pesquisa prova que, devido aos benefícios do vinho tinto, pode ser parte de um plano de dieta diabética quando consumado com moderação.
Ambos os vinhos tintos e brancos foram testados para determinar o quão bem eles poderiam inibir a atividade de uma enzima que é responsável por desencadear a absorção de glicose. Os pesquisadores descobriram que o vinho tinto foi o vencedor, inibindo as enzimas em quase 100 por cento, enquanto os valores para o vinho branco foram em torno de 20 por cento. A eficácia do vinho tinto foi tão significativa porque contém cerca de 10 vezes mais polifenóis (um tipo de antioxidantes) do que o vinho branco.
Além dessa descoberta, o estudo encontrou outro benefício para o vinho tinto, que não teve efeito sobre uma enzima pancreática que quebra o amido e é necessária pelos pacientes para evitar os efeitos colaterais dos medicamentos sobre o açúcar no sangue.
5. Combate a Obesidade e o Ganho de Peso
Um estudo realizado na Purdue University descobriu que o vinho tinto pode ajudar a combater a obesidade. Isto é devido a um composto encontrado em uvas e outras frutas (como mirtilos e maracujazeiro) chamado piceatannol, que tem uma estrutura química semelhante ao resveratrol. Segundo os pesquisadores, o piceatannol bloqueia a capacidade de uma célula de gordura de se desenvolver e crescer.
Quando o piceatannol está presente no corpo, há uma inibição completa da adipogênese. O Piceatannol é tão eficaz na luta contra a obesidade e o aumento de peso que é capaz de destruir as células adiposas no início do processo de desenvolvimento celular, impedindo o acúmulo de gordura e, mais tarde, o ganho de massa corporal. Também bloqueia a atividade da insulina para ativar genes que são importantes nos estágios posteriores da formação de gordura.
6. Pode ajudar a prevenir a doença de Alzheimer
Pesquisas indicam que as pessoas que tem uma dieta mediterrânea, composta por vinho tinto, legumes, frutas, peixe e azeite, têm um risco de 28 por cento menor de desenvolver comprometimento cognitivo leve e um risco de 48 por cento menor de desenvolver comprometimento cognitivo leve para Doença de Alzheimer.
Há ainda mais pesquisas sobre o vinho tinto especificamente como medida preventiva e tratamento natural para a doença de Alzheimer. De acordo com pesquisas publicadas em Frontiers in Aging and Neuroscience, o resveratrol pode controlar as principais características da doença de Alzheimer e a progressão da demência lenta. Isto é devido à capacidade do resveratrol de reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, e funciona como um neuroprotetor.
É importante notar que tomar vinho em excesso não significa maiores benefícios para a saúde. Apesar das propriedades saudáveis no vinho tinto, o próprio álcool é realmente uma neurotoxina, o que significa que pode envenenar seu cérebro e prejudicar seu fígado, entre outros sistemas corporais. Tome pequenas quantidades de vinho de vez em quando. Não exceda cinco copos por semana e não mais do que dois em um dia. Esta é a melhor maneira de obter os benefícios do vinho tinto sem contrabalançá-los pelo consumo excessivo de álcool.
Emagrecer com saúde é algo que muitas pessoas buscam. Para isso, existem inúmeros métodos de dietas, exercícios e até terapia para se alcançar tal objetivo. Obviamente, nem todos são satisfatórios, mas será que o Jejum Intermitente é um deles?
Este assunto sempre gera polêmica, principalmente entre aqueles que desconhecem o assunto. Quando falamos em jejum intermitente, não nos referimos a ficar dias sem comer nada. São apenas alguns períodos. Então, para começar a desmistificar o assunto, vou começar contando para você que existem vários tipos de jejum. Aqui vão alguns deles:
TIPOS DE JEJUM
Jejum de 12 horas
Esse é o tipo mais comum, em que o paciente passa metade do dia sem comer (incluindo as oito horas recomendadas de sono). Nele é indicado que você faça três refeições ao longo do dia, ficando, por exemplo, das 20h da noite até às 8h da manhã sem se alimentar.
Sistema Leangains
O método foi desenvolvido pelo sueco Martin Berkhan e propõe que a pessoa fique de jejum por 16 horas, podendo fazer entre duas e três refeições nas oito horas restantes, a chamada janela de alimentação.
Protocolo Coma – Pare – Coma
Nesse sistema, a pessoa escolhe um ou dois dias da semana em que ficará completamente de jejum. Ou seja, nestes dias, ela fará uma refeição e depois só comerá de novo no mesmo horário no dia seguinte. Este método costuma ter uma adaptação mais difícil e é importante fazer refeições ricas em fibras antes do jejum.
COMO FUNCIONA?
Porque o jejum intermitente promove o emagrecimento? Primeiro porque ele promove uma restrição calórica. A pessoa tende a comer menos e o balanço energético no fim do dia fica tendendo mais a negativo, então consequentemente a pessoa perde peso. Em segundo porque ele induz a uma cetose mais rápida do corpo, ou seja, o corpo deixa de usar a glicose como combustível, como fonte de energia, e passe a usar as gorduras.
ADAPTAÇÃO E BENEFÍCIOS
Com o jejum, o paciente consegue uma perda até rápida de peso, o problema mesmo está em manter. Para isso, é necessária uma reeducação alimentar. Geralmente, este Jejum é realizado de 01 a 03 vezes durante a semana, o que pode trazer consequências benéficas para nosso organismo, tais como:
• Mais disposição;
• Clareza mental;
• Controle da glicemia e insulina;
• Maior queima de gordura;
• Diminuição do mal colesterol (LDL).
INDICAÇÃO
Eu sou a favor deste método de emagrecimento, mas a curto prazo. Entretanto, ele não é indicado para qualquer paciente. Antes de iniciar qualquer dieta, é preciso se consultar com um nutrólogo. É necessário conhecer a rotina de alimentação do paciente, os hábitos alimentares, o perfil genético, entre outros fatores. Tudo isso para analisarmos se a pessoa está preparada para passar por este procedimento. O Jejum Intermitente é algo para se preparar, se programar. Marque uma consulta e saiba mais.
Cada vez mais o termo Medicina Integrativa ganha espaço nos consultórios e hospitais de todo o mundo. Mas, afinal, do que se trata?
Tenho falado muito em minhas redes sociais sobre os benefícios que cada alimento proporciona ao nosso corpo e a importância de um equilíbrio em nosso organismo, apresentado principalmente a prática ortomolecular…Mas percebi que meus seguidores estavam meio confusos com isso: “Dr., você abandonou a cardiologia?”. De forma nenhuma. O que acontece é que ampliei meu leque de possibilidades dentro da medicina para poder ter uma visão mais global dos pacientes.
O caminho mais coerente que encontrei para isso foi buscando conhecimento na Medicina Integrativa. E é sobre ela que venho falar hoje. Todo este movimento notado nas redes sociais, nada mais é que um reflexo deste novo olhar que estou tendo sobre a medicina. Venha comigo!
MEDICINA INTEGRATIVA
A medicina integrativa, como o próprio nome diz, busca a integração entre diferentes áreas da saúde para proporcionar ao paciente a cura de forma global, na qual corpo, mente e espírito estejam alinhados.
FICOU CONFUSO? CONTINUE ME ACOMPANHANDO!
Na Medicina Integrativa, toda enfermidade, seja ela física ou psicológica, é avaliada e curada a partir de diferentes processos. Esses incluem tanto os tratamentos da medicina tradicional, quanto métodos alternativos que tenham segurança e eficiência comprovadas.
Dessa forma, há uma integração entre as áreas da saúde e bem-estar, em que os mais diversos profissionais trabalham em prol de um mesmo objetivo, cada um dentro da sua especialidade.
Por exemplo, práticas tradicionais executadas por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e biomédicos, atuam em conjunto com outras formas de cura como massagens, florais, homeopatia, Yoga, acupuntura, e várias outras técnicas.
O objetivo, no fim das contas, é permitir que o paciente tenha sobretudo qualidade de vida, mesmo quando a enfermidade é considerada grave.
A MEDICINA INTEGRATIVA VEIO PARA SUBSTITUIR A MEDICINA TRADICIONAL?
De forma nenhuma! Aliás, a Medicina Integrativa veio para somar, para unir forças em prol de um objetivo maior: a cura global.
O médico continua exercendo sua função naturalmente. O que muda é que, com o auxílio de outras práticas que cuidam da mente, do espírito e das emoções do paciente, todo o processo de cura se torna mais fácil!
NA MEDICINA INTEGRATIVA O PACIENTE TEM PAPEL IMPORTANTÍSSIMO NO PROCESSO DE CURA
Com as práticas alternativas aliadas à medicina tradicional, o paciente deixa de ser “passivo” em seu processo de cura e se engaja com mais determinação e disciplina. Afinal, na medicina integrativa, não tratamos só a doença, mas o indivíduo, de forma que ele se torne mais feliz e mais preparado para receber o tratamento e se empenhar em alcançar os resultados.
Em alguns casos, os tratamentos alternativos são tão eficazes, que outros métodos mais invasivos até são dispensados!
O que mais gosto na Medicina Integrativa é saber que posso usar todo meu aparato médico, atrelado a conhecimentos alternativos que vêm de culturas e povos ancestrais. É entender que dentro desta prática a enfermidade toma outra dimensão e, consequentemente, é encarada tanto pelos profissionais envolvidos, quanto pelo paciente, com outra postura.
Sua amiga fez a dieta low carb. Deu super certo. Mas para você não funcionou. Qual o seu problema? Nenhum! Cada organismo funciona de forma diferente. Por isso, identificar a melhor dieta fará com que você emagreça sem tanto sacrifício e com alta performance
É importante se cuidar, manter o peso em dia, alimentação balanceada e exercícios físicos semanais. Mas fazer isso sozinho é um “tiro no escuro”. É preciso ajuda e acompanhamento de profissionais especializados nessas áreas. Do contrário, ao final de 3 meses, você vai perceber que acabou perdendo 90 dias. E peso que é bom, nada!
E por que isso acontece? Simples: cada pessoa reage diferente diante de um estímulo ou uma situação. Algumas sentem mais fome pela manhã, outras à noite. Muitas digerem bem a proteína, outras não. Existem as que treinam normalmente em jejum, diversas são as que passam mal.
Ao estudar esses e muitos outros fatores, os especialistas são capazes de traçar a dieta que vai realmente funcionar para o seu organismo e os exercícios que vão potencializar os resultados. Isso se chama alta performance. O resultado vem sem tantos sacrifícios.
Neste texto eu vou focar nas dietas. Trouxe abaixo algumas das que mais funcionam:
DIETA CETOGÊNICA
Esta é um pouco complicada de se colocar em prática pelo corte drástico em relação aos carboidratos. Para compensar essa redução, é necessário aumentar o consumo dos alimentos gordurosos como abacate, coco, creme de leite, azeite, amendoim, entre outros. A proteína também deve aumentar, consumindo mais carnes, ovos, frango, queijo e peixe.
Este tipo de alimentação acelera muito a perda de peso. Mas existem organismos que não conseguem se adaptar. Tem pessoas que passam mal e sentem fraqueza.
DIETA LOW CARB
Este tipo de dieta também tem como regra a redução de carboidratos no organismo. Mas não tanto quanto a Cetogênica. A Low Carb defende que ainda deve-se consumir carboidratos de baixo índice glicêmico. Ou seja, aqueles cuja glicose (açúcar) é absorvida em uma velocidade mais lenta e por isso não há picos dela nem de insulina no organismo.
Alimentos ricos em proteínas: carnes, peixes, ovos, leite e derivados, soja e quinoa;
Frutas: Nem todas são, pois muitas contêm frutose, uma fonte gordurosa. As que entram nessa dieta são: a chia ou as que podem ser consumidas com o bagaço como a mexerica ou laranja. As principais frutas low carb são: abacate, morango, pêssego, melão e coco;
Fontes de gorduras saudáveis: Azeite, oleaginosas e abacate são gorduras consideradas mais saudáveis.
JEJUM INTERMITENTE
Esta prática é um pouco polêmica e muitos pacientes possuem dúvidas. Se trata de intercalar períodos de alimentação com outros de jejum. A ideia é o corpo usar os estoques de gordura durante este período, fazendo assim com que o processo de emagrecimento ocorra.
Os períodos em que as refeições acontecem, são chamadas de “janelas de alimentação” e para cada pessoa existe um horário certo. Eu já falei deste tipo de dieta aqui no meu blog. Para se aprofundar mais é só clicar aqui.
DIETA NÓRDICA
Esta dieta foi apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a melhor opção para quem busca mais saúde ou deseja perder peso.
Diferente das demais dietas, que devem ser seguidas apenas por um determinado período de tempo, esta pode ser seguida para sempre, devido a seu menu ser bastante completo em nutrientes.
No cardápio, há muita proteína e gordura insaturada. Quanto ao carboidrato, está limitado a porções de legumes, frutas e cereais. As fibras dos grãos integrais e os antioxidantes das frutas recomendadas nessa dieta diminuem as inflamações celulares, melhoram a circulação e aumentam a lista de benefícios do cardápio: enxugar o excesso de peso, reduzir o inchaço e a celulite.
DIETA DO HCG
O HCG (Gonadotropina Coriônica Humana) é um hormônio produzido durante a gravidez e utilizado em tratamentos de fertilidade. Porém, com o passar dos anos, esse hormônio começou a ser utilizado também para a perda de peso.
A dieta é caracterizada por um consumo baixo de calorias, normalmente 500 calorias diárias, associado com o uso do hormônio. A intenção da dieta é promover a queima de gordura corporal, principalmente nas regiões dos quadris, coxa e cintura, promover a sensação de bem-estar, manter os níveis de energia elevados, entre outros benefícios.
ALÉM DA MODA
Existem outras dietas além dessas. Mas o que temos que ficar atentos mesmo é em encontrar a que se encaixe no funcionamento do seu organismo. É errado darmos início a uma delas sem antes nos consultarmos com especialistas e fazermos os exames necessários. Consulte seu nutrólogo antes de qualquer decisão.
Existe um receio no consumo de medicação para emagrecer. Isso é normal e necessário. Eles realmente funcionam, mas podem representar um risco à saúde se administrados por conta própria
Apesar de incentivar meus pacientes a buscarem tratamentos que não utilizem remédios convencionais, em alguns casos os medicamentos para emagrecer são sim
necessários. Algumas pessoas têm muita dificuldade para perder peso. Mesmo com dietas, exercícios e bons hábitos os quilinhos a mais não vão embora. Então essa estratégia acaba sendo necessária.
ALERTAS
É muito importante ter em mente que o remédio para emagrecer deve ser usado por um curto período. Ele servirá como um pontapé inicial para o processo de perda de peso, potencializando o resultado da dieta e dos exercícios.
Depois disso, é a reeducação alimentar que deve entrar em ação, para que o paciente não volte a engordar.
Outro alerta importante. O remédio que faz efeito para uma pessoa, pode não funcionar para outra e ainda prejudicar sua saúde. Isso pode acontecer principalmente
se a pessoa tiver alergia a alguma substância de sua composição ou estiver tomando outros medicamentos que causem efeitos colaterais quando combinados.
Então, só um especialista em emagrecimento pode receita-lo. Ele pedirá exames e analisará seu histórico para poder decidir qual a melhor opção.
O QUE EXISTE NO MERCADO
Fiz uma seleção dos principais remédios que existem no mercado para que vocês possam conhecer:
TRULICITY
Este remédio é mais voltado para quem tem diabetes tipo 2 e também é indicado para quem sofre com obesidade. Ele já é usado com sucesso em outros países e sua
chegada no Brasil é recente.
Uma das funções do Trulicity é reduzir os valores de glicemia no sangue. As pessoas com diabetes precisam diariamente de doses de insulina para ajudar a diminuir os níveis de glicose. Esses picos de glicose, uma hora altos e uma hora baixos, fazem o cérebro mandar mensagens de fome ao cérebro. Por esse motivo essas pessoas têm mais apetite e geralmente estão acima do peso.
Ele também anda de “mãos dadas” com o GLP-1, que é um transmissor presente no intestino. Quando o alimento está presente, ele é ativado e envia ao cérebro uma
sensação de saciedade. A finalidade do Trulicity é equilibrar e evitar esses picos de glicose no organismo. Dessa forma os diabéticos sentirão menos fome e consequentemente perderão peso. Ele é de uso semanal e é subcutâneo.
SAXENDA
É um medicamento injetável utilizado para o emagrecimento de pessoas com obesidade ou sobrepeso. Ele ajuda a diminuir o apetite e a controlar o peso corporal,
podendo causar a redução de até 10% do peso total, quando associado a uma dieta saudável e prática de exercício físico regular. O Saxenda está contraindicado para pacientes com alergia à liraglutida ou qualquer outro componente presente no medicamento, por crianças e adolescentes com menos de 18 anos, durante a gravidez e também não deve ser utilizado por quem toma outros remédios agonistas do receptor de GLP-1, como o Victoza.
VICTOZA
É um medicamento à base de liraglutida, originalmente indicado para o tratamento de diabetes. Receitado por médicos como emagrecedor, ele tem dado resultados
excelentes. O Victoza tem oito vezes mais hormônio do que o produzido normalmente pelo corpo. Além disso, seu efeito se estende por 24 horas na corrente sanguínea, enquanto o GLP-1 age no organismo só por três minutos. O Victoza pode estimular a produção de insulina no pâncreas, e é muito utilizada conciliada com uma dieta equilibrada e exercícios físicos.
SIBUTRAMINA
Ele age no organismo de duas formas: dá sensação de saciedade – de modo a controlar distúrbios alimentares como a compulsão alimentar – e mantém o metabolismo acelerado, promovendo o gasto calórico. A droga funciona de forma parecida com antidepressivos porque age na produção de serotonina e noradrenalina do corpo – dois neurotransmissores produzidos no sistema nervoso central, responsáveis por dar sensação de felicidade e saciedade ao corpo.
É o hormônio do humor e além de reduzir o apetite, combate a ansiedade e depressão, duas condições psicológicas frequentemente ligadas à obesidade.
FEMPROPOREX
Ela suprime o apetite e também podem ser utilizada para tratar distúrbios relacionados ao estresse. Emagrece porque age diretamente no sistema nervoso central. Ele manda uma mensagem o cérebro dizendo que o organismo já está suprido de todos os nutrientes que precisa e desta forma o cérebro não libera a sensação de fome na pessoa.
Sem apetite, o sujeito emagrece rapidamente. Da mesma maneira, a droga informa ao cérebro que tudo está bem no organismo e o cérebro mantem a pessoa com energia e sem estresse por não comer.
O Femproporex emagrece de forma indireta através da perda de apetite, mas ele pode vir acompanhado de todos os efeitos colaterais das anfetaminas. Então, cuidado.
ANFEPRAMONA
A Anfepramona age diretamente nos núcleos hipotalâmicos, presentes no cérebro de quem a ingere, inibindo consideravelmente o apetite e contribuindo para que essas pessoas percam drasticamente a vontade de comer e, assim, emagreçam com mais facilidade. Muitas pessoas aliam o uso desse medicamento a uma dieta balanceada e saudável, sem uso de comidas ricas em gorduras e carboidratos pobres, o que pode ajudar no emagrecimento mais acelerado. A Anfepramona é indicada para pessoas que possuem obesidade exógena ou sobrepeso patológico e que desejam emagrecer.
MAZINDOL
O Mazindol é classificado como um medicamento anorexígeno, ou seja, inibe o apetite e leva à perda de peso pela diminuição no consumo de calorias. Durante muitos anos, foi um dos remédios mais receitados por médicos para tratar a obesidade, mas acabou sendo proibido em diversos países por apresentar diversos efeitos colaterais. No Brasil, o Mazindol foi vendido legalmente de 1999 a 2011, ano em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu seguir os órgãos de saúde de outros países (como a FDA dos Estados Unidos) e baniu o medicamento por não considerá-lo seguro para a saúde.
Ao lado da sibutramina, dietilpropiona e femproporex, o Mazindol era um dos medicamentos anorexígenos mais utilizados no Brasil. No entanto, quando comparado ao femproporex e à dietilpropiona, o Mazindol possui um efeito anorexígeno mais prolongado. Embora seu mecanismo de ação não seja inteiramente compreendido, pesquisadores acreditam que o Mazindol emagrece atuando no centro de controle do apetite, elevando os níveis de neurotransmissores responsáveis pela comunicação da saciedade no cérebro.
Percebeu porque não é simples descobrir qual a melhor opção para você? As opções são várias, mas as barreiras também. Consulte um nutrólogo para saber se o seu caso pede a administração de um medicamento e qual serio o ideal para seu caso.
Você sabia que o ÔMEGA-3 contribui para o emagrecimento, fortalecimento de pele e cabelo e faz a manutenção dos níveis de testosterona? Pois é, e estes são apenas alguns dos benefícios. Saiba como usá-lo a seu favor
Existem alimentos que contribuem muito para nossa saúde. Isso é tão acessível que às vezes nem damos a devida importância. Por exemplo, os peixes de água do mar, como salmão, atum e sardinha, e as sementes como chia e linhaça, são riquíssimos em ômega-3, uma gordura poli-insaturada que traz inúmeros benefícios tanto para a saúde, quanto para a beleza. Inclusive, ajuda a emagrecer.
O ômega-3, resumidamente, atua no organismo reduzindo inflamações, controlando os níveis de colesterol, prevenindo aterosclerose e protegendo o corpo de doenças, melhorando a memória e a disposição.
BENEFÍCIOS DO ÔMEGA-3
Dentre os inúmeros benefícios que ele traz, alguns são:
• Ajuda no emagrecimento;
• Auxílio no metabolismo;
• Promove a saúde da pele e cabelos;
• Ajudar na manutenção dos níveis de testosterona;
• Reduzir a inflamação, sendo bom para combater problemas como a doença inflamatória intestinal e a artrite reumatoide;
• Melhorar a função cardíaca e a pressão arterial;
• Ajudar no combate a alergias e a asma;
• Melhora da função cognitiva;
• Fortalecer o sistema imunológico;
• Melhora do Colesterol bom (HDL↑).
ÔMEGA-3 E EMAGRECIMENTO
Você pode estar se perguntando: como este ácido graxo pode ajudar uma pessoa a emagrecer. Simples: várias experiências apontam que a obesidade estaria relacionada a inflamações, e nós sabemos que o ômega-3 tem um bom potencial anti-inflamatório.
Acontece mais ou menos assim: quando nos alimentamos, nosso organismo secreta hormônios como a leptina (pelos tecidos gordurosos), e insulina (pelo pâncreas). Estes dois hormônios avisam o cérebro que é hora de parara de comer. Acontece que a inflamação atrapalha essa troca de informações. Assim, mesmo já tendo comido o suficiente, a pessoa continua com fome.
Ao controlar este desequilíbrio. A pessoa terá mais facilidade de emagrecer.
QUAIS AS MELHORES FONTES DE ÔMEGA-3?
Existe uma porção de alimentos que são ricos nesta gordura. Os principais são os peixes de água do mar, como sardinha, atum, bacalhau, cação e salmão. Além deles, esse nutriente também está presente nas sementes como chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva.
Além da alimentação do dia a dia, podemos repor o ômega-3 através de suplementos.
QUAL A QUANTIDADE NECESSÁRIA POR DIA?
A dose diária recomendada de ômega 3 varia de acordo com a idade:
• Bebês dos 0 aos 12 meses: 500 mg;
• Crianças de 1 a 3 anos: 700 mg;
• Crianças de 4 a 8 anos: 900 mg;
• Meninos de 9 a 13 anos: 1200 mg;
• Meninas de 9 a 13 anos: 1000 mg;
• Homens adultos e idosos: 1600 mg;
• Mulheres adultas e idosas: 1100 mg;
• Gestantes: 1400 mg;
• Mulheres que amamentam: 1300 mg.
Geralmente, o adulto precisa suplementar esta dose, pois fica bem difícil conseguir atingir este nível só com a alimentação. É importante lembrar que nos suplementos de ômega-3 em cápsulas a sua concentração varia de acordo com o fabricante e, por isso, é importante conversar com seu médico para saber sem erros a quantidade ideal para o seu consumo, principalmente se seu objetivo é emagrecer.
Este nutriente é um dos protagonistas do protocolo de Emagrecimento Inteligente que desenvolvo para meus pacientes no Espaço Supreme