De acordo com um estudo publicado nesta semana pela Universidade de Turim, cientistas recomendam que a vitamina D pode ser uma grande ajuda no combate à pandemia do Coronavírus. O documento informa que especialistas em geriatria e histologia notaram uma deficiente deste nutriente entre os pacientes com diagnóstico positivo na Itália.
É importante ressaltar que o estudo não propõe a vitamina D como uma cura, mas sim como uma aliada na redução dos fatores de risco, pois possui um efeito que reduz o risco de infecções respiratórias de origem viral, além de ser capaz de neutralizar danos pulmonares causados por hiperinflamação.
A falta da Vitamina D pode ser compensada facilmente pela luz do sol, sempre que possível e mesmo que em varandas ou terraços. Outra opção de grande valia é o consumo de alimentos ricos neste nutriente.
Muitos alimentos marinhos possuem altas doses de vitamina D, como o salmão, atum e sardinha. Quase um terço do que pede a recomendação diária pode ser suprida com cerca de 100g de atum enlatado e conservado em água.
Outros alimentos que proporcionam altos níveis deste nutriente são: gema de ovo, queijos, bife de fígado e cogumelos.
Existem também opções de suplementação farmacêutica à base de vitamina D, porém a ingestão desses suplementos deve ser restrita a pacientes com orientação médica.
Referências:
Corto KR, Kedzierska K, van de Sandt CE.Front Cell Infect Microbiol. 8 de octubre de 2018; 8: 343
Zhang L, Liu Y. J Med Virol 2020; 92: 479-490.
West CE, Sijtsma SR, Kouwenhoven B, Rombout JH, van der Zijpp AJ. J Nutr. 1992; 122: 333‐339.
Chen P, Mao L, Nassis GP, Harmer P, Ainsworth BE, Li F. J Sport Health Sci. 2020;9:103-104.
Semba RD, Tang AM. Br J Nutr. 1999; 81: 181-189.
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A obesidade é uma doença, você já sabe, e está relacionada ao desencadeamento de inúmeras outras enfermidades, o que a torna uma doença crônica, mas que tem tratamento.
Contudo, existe uma certa diferença entre a obesidade no homem e na mulher, sendo que a obesidade feminina possui algumas especificidades interessantes que valem nossa atenção no sentido de cuidados com a saúde.
Para contexto, existe o que chamamos de obesidade maçã, que é a do homem, caracterizada pela gordura visceral, aquela acumulada no abdômen; já na mulher, chamamos de obesidade pera. Ocorre que, após certa idade, principalmente após a menopausa, a mulher começa a desenvolver a gordura visceral, semelhante ao homem, aumentando as chances de desenvolver doenças cardiovasculares – entre elas hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, arritmia, entre outras.
Uma vez que a mulher é protegida pelo estrogênio e perde essa proteção após a menopausa, evidentemente o risco é aumentado para doenças cardiovasculares, o que requer atenção das mulheres que se encontram acima do peso.
Fica aqui o meu alerta para que procurem um médico nutrólogo para fazer um acompanhamento nutrológico no sentido de tratar a obesidade e ter uma vida mais saudável.
A obesidade é uma doença e, como tal, precisa de medicação para ser tratada. E por que discriminar o obeso que faz uso de remédios diante de tantas outras doenças em que se faz esse tipo de prescrição?
Esse é um assunto pouco discutido na atualidade. Vemos que a maioria das pessoas acredita que os quilos a mais são fruto de comer muito e não fazer atividade física, de gula, de preguiça por parte do obeso. E não é bem assim. É preciso entender que são muitos os fatores envolvidos no problema da obesidade e não somente a ingesta.
Evidentemente o ganho de peso pode ter relação com diversas questões e, diante do diagnóstico de obesidade, a terapia medicamentosa vai proporcionar ao obeso maior qualidade de vida.
O obeso não pode ser culpado nem estigmatizado. A obesidade é uma doença crônica que precisa de tratamento através de medicamentos e deve ser considerada tão importante quanto outras patologias similares.
Uma pesquisa realizada e publicada pela Harvard Medical School confirmou uma suspeita há muito instalada na comunidade médica: a relação entre saúde mental e saúde física, mais especificamente entre doenças cardiovasculares e depressão.
Nesse blog, explico um pouco mais sobre essa perigosa relação, que pode prejudicar muito a sua vida.
Imagem ilustrativa exemplificando a relação entre saúde física e mental
De acordo com o grupo de pesquisadores responsáveis pela pesquisa, a depressão em casos de doenças cardíacas é “comum, persistente, não reconhecida e mortal”.
Ainda segundo a pesquisa, pessoas com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e desfibriladores cardíacos implantados apresentam maior risco de depressão em comparação com indivíduos fisicamente saudáveis.
Entretanto, o estudo indica que a depressão antecede os problemas cardiovasculares na maioria dos pacientes, possibilitando a associação de problemas cardiovasculares como fatores resultantes de questões emocionais.
Alguns dos resultados obtidos por essas análises são:
Em 53% dos pacientes, a depressão antecede a síndrome coronariana aguda por mais de 30 dias;
Em quase 50% dos casos, pacientes hospitalizados por problemas cardíacos apresentavam pensamentos suicidas em até duas semanas antes de sua hospitalização.
Dessa forma, o acompanhamento psicológico se provou ser tão importante quanto o cardíaco, ou físico em geral, visto que a saúde física é fortemente impactada pela mental, e vice-versa. Prevenindo e tratando a depressão, diversas doenças físicas podem ser evitadas, garantindo a melhora da qualidade de vida do indivíduo a longo prazo em ambas as áreas.
O que dizem os estudos
Um estudo, realizado em 2018, contava com 1.075 mulheres de idades variadas e buscava avaliar a prevalência da relação entre a depressão e doenças cardiovasculares no gênero. Os resultados apontaram a presença significativa de sintomas depressivos não tratados, ou subtratados, em mulheres com, ou que possuem alto risco de desenvolver, doenças cardiovasculares.
Estudos como esse são essenciais para ampliar os tratamentos para doenças psicossomáticas.
Ainda nessa vertente, em 2012, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças ao redor do mundo evidenciaram que um terço de todas as consultas médicas primárias são motivadas por algum componente de saúde mental, nos permitindo relatar o quão comuns são os problemas na saúde mental em toda a população.
É importante ressaltar que os estudos citados acima foram realizados antes da pandemia de Covid-19 em 2020, período em que os números de casos psicossomáticos certamente pioraram!
Doenças psiquiátricas, como a depressão e a ansiedade, comumente afetam a habilidade do indivíduo de manter uma vida normal ou mudar seu estilo de vida em prol da saúde física, consequentemente acarretando na sua piora, tanto no físico quanto no emocional.
Estatisticamente, indivíduos com mais de 60 anos que possuem depressão são mais propensos a procurar tratamento do que os mais jovens com a mesma doença. Ao mesmo tempo, mundialmente, a faixa etária dos mais acometidos pelo transtorno são jovens de 15 a 24 anos.
Com a melhora da detecção e tratamento de transtornos psiquiátricos, em especial a depressão, tratamentos de diversas doenças físicas, dentre elas as cardiovasculares, vão ser mais eficazes e garantir maior qualidade de vida ao paciente.
Cuidar da nossa saúde é essencial, seja ela física ou mental. Não deixe de se consultar com um especialista em saúde mental quando necessário.
Os hormônios são responsáveis por regular diversos aspectos emocionais e físicos no corpo humano, principalmente no gênero feminino, que sofre alterações nos níveis de diversos hormônios durante o ciclo menstrual. Essas alterações podem afetar, entre outras áreas, o humor e o bem estar físico do indivíduo, consequentemente impactando na sua rotina.
Por isso, preparamos esse artigo focado nos 5 hormônios mais importantes na saúde feminina e seu impacto no corpo humano, assim como dicas para não deixar que as mudanças hormonais impactem sua qualidade de vida.
Conheça quais são:
1. Progesterona
A progesterona é um dos principais hormônios do corpo feminino, sendo responsável por regular o ciclo menstrual, dessa forma, essencial no processo da gravidez.
Os níveis de progesterona costumam aumentar após a ovulação e, no caso de uma gravidez, se mantêm altos para desenvolver as paredes do útero. Caso não haja a gravidez, os níveis do hormônio caem e levam à descamação do revestimento do útero (a menstruação).
2. Estrogênio
Em conjunto com a progesterona, o estrogênio (sendo o estradiol e o estriol seus principais agentes) está presente na regulação do ciclo hormonal feminino, durante seu período fértil. Além do seu papel no ciclo hormonal, o estrogênio também é responsável por influenciar diretamente na mudança corporal durante a puberdade, estimulando o desenvolvimento do corpo e a maturação do aparelho reprodutor.
3. Ocitocina
A ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, é produzida no cérebro e é responsável por promover sensações como: diminuição da ansiedade, melhora do humor e, consequentemente, melhora da sociabilidade, influenciando diretamente nos relacionamentos pessoais do indivíduo. Além do impacto emocional, esse hormônio tem um importante papel no momento do parto (sendo responsável por induzir as contrações uterinas) e durante a amamentação (auxiliando na saída do leite materno).
4. HCG
A Ganadatrofina Cariônica Humana, mais conhecida como HCG, é um hormônio produzido pelas mesmas células que formam a placenta durante a gravidez. Durante a gestação, sua produção aumenta para manter o nível de progesterona no sangue, possibilitando a fácil e precisa detecção da gravidez através de exames laboratoriais.
5. Testosterona
Apesar da crença popular, a testosterona não é um hormônio exclusivamente masculino, ainda que esteja mais presente no organismo desses indivíduos. Em níveis adequados, esse hormônio auxilia na libido, disposição, energia e reforço dos ossos e músculos. O surgimento de características como pêlos em excesso no rosto e voz mais grave, muito comumente indicam o excesso de testosterona no organismo, sendo necessário consultar o médico especialista que identificará a alteração e o tratamento necessário.
Distúrbios hormonais e seus efeitos colaterais
A irregularidade hormonal pode ocasionar diversos efeitos colaterais durante toda a vida da mulher, desde a puberdade até a menopausa. Alguns deles são:
TPM, ou Tensão Pré-Menstrual, que se manifesta através de quase 80 sintomas diferentes (dentre eles: aumento de estresse, dores no corpo e mudanças de humor), é causada pela queda repentina de estrogênio e progesterona próximo à menstruação;
Irregularidades no ciclo menstrual, podendo ser mais curta ou longa do que o normal, apresentar fortes cólicas e diminuição ou aumento no fluxo;
Alterações no níveis de testosterona podem resultar no aumento da acne e pelos no rosto, ganho de peso e queda de cabelo;
Como buscar tratamento?
Caso perceba a ocorrência de algum dos sintomas acima ou note alguma irregularidade hormonal, o ideal é procurar o auxílio de um médico endocrinologista, que irá identificar o problema e determinar o melhor tratamento, seja ele com uso de anticoncepcionais, antiandrogénos ou outra abordagem que se adeque aos resultados buscados.
Vale lembrar que o acompanhamento com o profissional é indispensável para garantir resultados eficazes de maneira segura e saudável.