A reposição hormonal pode ter um impacto significativo na saúde mental de uma pessoa, especialmente durante a menopausa ou outras condições que afetam os níveis hormonais. Os hormônios desempenham um papel importante na regulação do humor, sono e outros aspectos da saúde mental.
A reposição hormonal na menopausa pode trazer vários benefícios para a saúde das mulheres, incluindo:
Alívio dos sintomas da menopausa: a reposição hormonal pode ajudar a aliviar os sintomas associados à menopausa, como ondas de calor, sudorese noturna, secura vaginal, irritabilidade, ansiedade e depressão.
Prevenção da perda óssea: os hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio, ajudam a manter a densidade óssea. Durante a menopausa, a perda óssea pode ocorrer mais rapidamente, aumentando o risco de osteoporose. A reposição hormonal pode ajudar a prevenir a perda óssea e reduzir o risco de fraturas.
Redução do risco de doenças cardíacas: a queda nos níveis de estrogênio após a menopausa pode aumentar o risco de doenças cardíacas em mulheres. A reposição hormonal pode ajudar a manter a saúde cardiovascular e reduzir o risco de doenças cardíacas.
Melhora da saúde vaginal: a falta de estrogênio pode causar secura vaginal, coceira e dor durante a relação sexual. A reposição hormonal pode ajudar a melhorar a saúde vaginal e aumentar o conforto durante a relação sexual.
Por esses motivos, é importante que as mulheres façam reposição hormonal, a fim de melhorar esses sintomas.
O ciclo circadiano é um processo biológico que regula uma série de funções fisiológicas em um ciclo de aproximadamente 24 horas. É conhecido como o “relógio biológico” do corpo e está presente em todos os organismos vivos, incluindo plantas, animais e seres humanos.
O ciclo circadiano regula uma variedade de processos corporais, incluindo o sono, a fome, a temperatura corporal, a secreção hormonal e o desempenho cognitivo. Ele é regulado por uma área do cérebro conhecida como núcleo supraquiasmático, que recebe informações sobre a luz e a escuridão do ambiente.
A regulação adequada do ciclo circadiano é importante para a saúde geral do organismo. Desregulações do ciclo circadiano podem ter efeitos negativos na saúde, incluindo problemas de sono, fadiga, alterações de humor, aumento do risco de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes, e até mesmo uma maior suscetibilidade a certos tipos de câncer. Por isso, é importante manter uma rotina regular de sono e exposição à luz natural para ajudar a manter o ciclo circadiano em equilíbrio.
Genoma humano e a uma representação alegorica da obesidade.
Você já ouviu alguém dizer que tem dificuldade para emagrecer ou engordar? É comum esse tipo de afirmação e geralmente ela é associada a genética. Mas você sabe como a genética influencia em seu emagrecimento.
Um estudo publicado na revista Genome Biology, em outubro de 2022, e conduzido por pesquisadores espanhóis identificou um gene que predispõe algumas pessoas à magreza. Foram analisados quase 800 voluntários saudáveis cujos dados mostraram que cerca de 60% dos europeus apresentam a variante do popularmente chamado “gene magro”, que reduz o risco de obesidade e favorece o ganho de massa magra corporal.
Estamos falando da variante C do gene FNIP2, que demonstrou estar associada a um índice de massa corporal (IMC) mais baixo e a uma taxa metabólica mais alta em comparação à variante T do mesmo gene. Isso ocorre porque o FNIP2 regula uma via metabólica essencial que, por meio de enzimas e proteínas, detecta a entrada de nutrientes e níveis de energia no corpo.
Essa via promove ou limita o crescimento celular, dizendo ao corpo quando é hora de diminuir ou produzir mais células de gordura em resposta aos tipos de alimentos ingeridos. Portanto, o gene FNIP2 está envolvido em processos celulares que influenciam o apetite, o armazenamento de energia, o metabolismo e funções correlatas.
Outros fatores que podem serem associados a genética e perda de peso.
Eles são:
Metabolismo: a taxa metabólica pode ser influenciada por genes específicos. Algumas pessoas podem ter um metabolismo mais lento, o que significa que queimam menos calorias em repouso do que outras pessoas, tornando mais difícil para elas emagrecerem.
Sensibilidade à insulina: a sensibilidade à insulina, que é a capacidade do corpo de processar açúcar no sangue, pode ser influenciada pela genética. Pessoas com menor sensibilidade à insulina podem ter mais dificuldade em emagrecer e manter a perda de peso.
Composição corporal: a genética pode determinar a proporção de gordura e massa muscular em nosso corpo. Algumas pessoas podem ter mais facilidade em ganhar músculos do que outras, o que pode afetar o processo de emagrecimento.
Comportamentos alimentares: estudos indicam que a genética também pode influenciar os comportamentos alimentares, incluindo a preferência por alimentos salgados ou doces, bem como a saciedade e a resposta ao estresse. Esses fatores podem afetar a ingestão de alimentos e, consequentemente, o emagrecimento.
Embora a genética possa ter um papel importante no emagrecimento, é importante lembrar que há outros fatores que também são importantes, como a dieta, o exercício físico e a qualidade do sono. É possível emagrecer, independentemente da genética, através da adoção de hábitos saudáveis e um estilo de vida ativo
De acordo com um estudo publicado nesta semana pela Universidade de Turim, cientistas recomendam que a vitamina D pode ser uma grande ajuda no combate à pandemia do Coronavírus. O documento informa que especialistas em geriatria e histologia notaram uma deficiente deste nutriente entre os pacientes com diagnóstico positivo na Itália.
É importante ressaltar que o estudo não propõe a vitamina D como uma cura, mas sim como uma aliada na redução dos fatores de risco, pois possui um efeito que reduz o risco de infecções respiratórias de origem viral, além de ser capaz de neutralizar danos pulmonares causados por hiperinflamação.
A falta da Vitamina D pode ser compensada facilmente pela luz do sol, sempre que possível e mesmo que em varandas ou terraços. Outra opção de grande valia é o consumo de alimentos ricos neste nutriente.
Muitos alimentos marinhos possuem altas doses de vitamina D, como o salmão, atum e sardinha. Quase um terço do que pede a recomendação diária pode ser suprida com cerca de 100g de atum enlatado e conservado em água.
Outros alimentos que proporcionam altos níveis deste nutriente são: gema de ovo, queijos, bife de fígado e cogumelos.
Existem também opções de suplementação farmacêutica à base de vitamina D, porém a ingestão desses suplementos deve ser restrita a pacientes com orientação médica.
Referências:
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A obesidade é uma doença, você já sabe, e está relacionada ao desencadeamento de inúmeras outras enfermidades, o que a torna uma doença crônica, mas que tem tratamento.
Contudo, existe uma certa diferença entre a obesidade no homem e na mulher, sendo que a obesidade feminina possui algumas especificidades interessantes que valem nossa atenção no sentido de cuidados com a saúde.
Para contexto, existe o que chamamos de obesidade maçã, que é a do homem, caracterizada pela gordura visceral, aquela acumulada no abdômen; já na mulher, chamamos de obesidade pera. Ocorre que, após certa idade, principalmente após a menopausa, a mulher começa a desenvolver a gordura visceral, semelhante ao homem, aumentando as chances de desenvolver doenças cardiovasculares – entre elas hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto, arritmia, entre outras.
Uma vez que a mulher é protegida pelo estrogênio e perde essa proteção após a menopausa, evidentemente o risco é aumentado para doenças cardiovasculares, o que requer atenção das mulheres que se encontram acima do peso.
Fica aqui o meu alerta para que procurem um médico nutrólogo para fazer um acompanhamento nutrológico no sentido de tratar a obesidade e ter uma vida mais saudável.
A obesidade é uma doença e, como tal, precisa de medicação para ser tratada. E por que discriminar o obeso que faz uso de remédios diante de tantas outras doenças em que se faz esse tipo de prescrição?
Esse é um assunto pouco discutido na atualidade. Vemos que a maioria das pessoas acredita que os quilos a mais são fruto de comer muito e não fazer atividade física, de gula, de preguiça por parte do obeso. E não é bem assim. É preciso entender que são muitos os fatores envolvidos no problema da obesidade e não somente a ingesta.
Evidentemente o ganho de peso pode ter relação com diversas questões e, diante do diagnóstico de obesidade, a terapia medicamentosa vai proporcionar ao obeso maior qualidade de vida.
O obeso não pode ser culpado nem estigmatizado. A obesidade é uma doença crônica que precisa de tratamento através de medicamentos e deve ser considerada tão importante quanto outras patologias similares.